Maria Cristina de Aguiar Campos

Maria Cristina de Aguiar Campos

Possui graduação em Letras, pela Universidade Federal de Mato Grosso (1983); mestrado em Educação, também pela Universidade Federal de Mato Grosso (1998); e doutorado em Educação, pela Universidade de São Paulo (2007). Lecionou no IFMT - Campus Cuiabá, de onde se aposentou. Tem experiência na área de Letras (Literatura), com ênfase na Literatura e Cultura Mato-grossenses, e Educação, com ênfase no processo de ensino-aprendizagem, atuando principalmente com os seguintes temas: cultura, imaginário, pantanal mato-grossense e literatura mato-grossense.

Vídeo do lançamento dos livros de poesias “Crisálidas”, de Franklin Cassiano da Silva, e “Grupiaras”, de Ulisses Cuiabano, ocorrido no dia 01/05/2021.

Terça, 08 Junho 2021 21:33

Cadeira 16

 

Patrono

Antônio Augusto Ramiro de Carvalho

Ocupantes

Franklin Cassiano da Silva
Ulisses Cuiabano
Padre Wanir Delfino César
Joaquim Augusto Alves Bastos
Valdon Varjão
Maria Cristina de Aguiar Campos

 

 

PATRONO

Antônio Augusto Ramiro de Carvalho


Nasceu em Cuiabá-MT, no dia 28 de dezembro de 1833, descendendo de José Jacinto de Carvalho e Maria Seabra das Dores.

Iniciou os estudos em sua terra natal, optando pelo serviço público. Nessa carreira, integrou os quadros da Tesouraria da Fazenda, tendo chegado a Inspetor, em 1858.

Na literatura, foi poeta satírico e jornalista combativo.

Dirigiu o jornal A Situação, do Partido Conservador, pelo qual elegeu-se Deputado Provincial.

Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, na categoria de Vice-Presidente, assumiu o comando da Província por duas vezes,  de 9 de novembro a 9 de dezembro de 1886 e de 28 de março a 29 de maio de 1887.

Com a queda da monarquia retirou-se da política, mas não do jornalismo, quando passou a dirigir o Quinze de Novembro.

Faleceu em Cuiabá-MT, no dia 5 de novembro de 1891.

 

OCUPANTES

 

Franklin Cassiano da Silva


Nasceu em Corumbá-MT (hoje MS), em 1º de maio de 1891, tendo por pais Luís Cassiano da Silva e Ana Luíza Bastos da Silva.

Tendo ficado órfão, ele e dois irmãos foram morar com o tio, Major André Avelino de Oliveira Bastos, que os criou.

Mais tarde, Franklin veio de Corumbá para Cuiabá, a convite de  Luís Pereira Cuiabano, que o acolheu como filho. Estudou no Liceu Cuiabano.

Formou-se em Direito, mas seu pendor literário se expressou na juventude, através de líricas poesias. Foi autor de diversas peças teatrais, tendo sido a primeira delas escrita em parceria com Philogonio de Paula Corrêa, intitulada Progresso na zona, em 1918, seguida de Cá entre nós; Quero ir lá pro mato; Maneco Cuiabano; Nhô Chico; Cuiabá por dentro; Baile na Goiabeira.

Além da poética e do teatro, dedicou-se ao jornalismo, tendo colaborado nos periódicos A Imprensa, O Mato Grosso, A Violeta, O Revérbero, O Jornal, O Correio do Estado e O Democrata.

Em diversas produções, utilizou o pseudônimo Herodes de Souza.

No magistério, iniciou como professor primário, adjunto na Escola Modelo Barão de Melgaço. Pelos seus méritos, foi elevado a auxiliar da Diretoria do mesmo estabelecimento de ensino.

Dirigiu o Grupo Escolar “Senador Azeredo”, tendo lecionado também Pedagogia e Psicologia, na Escola Normal Pedro Celestino, e Psicologia e Lógica, no Curso Complementar, anexo ao Liceu Cuiabano.

Segundo informações de Valdon Varjão (RAML, 1996), Franklin Cassiano da Silva deixou inédita a obra Subsídio para o estudo de dialectologia em Mato Grosso, inserida no campo da Filologia.

Faleceu em Cuiabá, no dia 9 de junho de 1940.

 

 

Ulisses Cuiabano


Nasceu em Cuiabá, aos 4 de agosto de 1891, descendendo de João Luís Pereira e Maria Luíza Cuiabano.

Dedicou-se ao magistério, havendo lecionado em estabelecimentos escolares de Cuiabá e de Rosário Oeste. Integrou os quadros docentes do Liceu Cuiabano e da Escola Normal Pedro Celestino.

Seu pendor pelo magistério levou-o a dirigir dois importantes grupos escolares, o Senador Azeredo, no bairro do Porto, em Cuiabá, e o de Rosário Oeste.

No campo literário suas produções foram veiculadas em diversos periódicos de Mato Grosso: Correio do Estado, A Reação, A Cruz, O Neófito, O Estado de Mato Grosso, A Violeta e Pindorama, além dos artigos estampados nas revistas do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e na do Centro e da Academia Mato-Grossense de Letras.

 Presidente e fundador da Sociedade de Folclore Mato-Grossense, foi convidado a dirigir o Departamento de Educação e Cultura do Estado de Mato Grosso.

Tendo se transferido para Santo Antônio do Rio Abaixo (hoje Santo Antônio de Leverger), passou, temporariamente, de sócio efetivo, a correspondente da Academia Mato-Grossense de Letras, na qual, à época, só podia pertencer efetivamente quem residisse na capital. Retornando a Cuiabá, candidatou-se novamente, vindo a ocupar a Cadeira n° 16.

Deixou publicadas as obras Cipreste (1922); Os Bacuraus (1923); Pedro Trouy e sua obra poética (1929); No álbum de Verinha (1939); Meu amado Brasil (1944); Velho Farol (1948), dentre outras.  

Faleceu em Cuiabá, no dia 3 de janeiro de 1951.

 

 

Padre Wanir Delfino César


Nasceu em Cuiabá, no dia 26 de agosto de 1922. Seus estudos iniciais foram realizados em sua cidade natal, junto ao Ginásio do Liceu Salesiano São Gonçalo. Em 1942 concluiu o curso pré-jurídico, no Colégio Estadual.

Seus estudos superiores foram finalizados junto ao Estudantado Filosófico São Joaquim de Lorena-SP. Em 1952, matriculou-se na Faculdade de Teologia (PUC-SP), onde concluiu seus estudos.

Exerceu o magistério junto aos Ginásios Salesianos de Pindamonhangaba, Lins, Tupã e Lorena, todos em São Paulo. Seu retorno a Cuiabá foi marcado no campo das comunicações, ao tornar-se diretor da Rádio Cultura de Cuiabá.

De 1941 a 1943, foi funcionário do IPASE e IAPI.

Quando da eleição para a Diretoria da Academia Mato-Grossense de Letras, gestão 1962-67, assumiu, ao lado do Presidente foi António de Arruda, o cargo de Vice-Presidente. O Presidente eleito, por questão profissional, ausentou-se de Cuiabá, ficando a presidência a cargo do Pe. Wanir Delfino César, que administrou a instituição naquela período de vacância, tendo sido reconduzido ao cargo, por eleição, entre os anos de 1969 e 1973.

Deixou publicadas: Canção de Peregrino, Dilectus Deo et hominibu, Primavera eterna, Versos e reversos do coração, Uma estrela do nosso romantismo, Catedral de São Paulo, D. Aquino, o príncipe da Igreja e Poesias.

 Faleceu em Cuiabá-MT, no ano de 1972.

 

 

Joaquim Augusto Alves Bastos


Nasceu em Cuiabá, aos 9 de setembro de 1900, descendendo do Marechal Celestino Alves Bastos e de Inês Dutra Bastos.

Seus primeiros estudos foram realizados em sua terra natal, indo mais tarde para o Rio de Janeiro, a fim de ingressar na Escola Militar.

Em 1932 participou ativamente da Revolução Constitucionalista, após a qual se exilou em Buenos Aires. Lá, escreveu o livro Palmo a Palmo, uma referência de memória desse importante momento político brasileiro, obra que se  tornou clássica.

Comandou o Forte de Copacabana, o Regimento de Artilharia e a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais no Rio de Janeiro; comandou o Exército em vários Estados brasileiros, a exemplo do III Exército de Porto Alegre - RS.

No golpe de 1964, comandou o IV Exército brasileiro na Bahia, Maranhão e Fernando de Noronha.

Escreveu uma autobiografia Encontro com o Tempo, avaliando criticamente os diversos e contraditórios momentos políticos vivenciados pelo Brasil.

  

 

Valdon Varjão


Nasceu em Cariús-CE, no dia 15 de dezembro de 1923, descendendo de Manoel Cardoso Varjão e Maria Olímpia Varjão.

Sua profissão inicial foi a de garimpeiro, mais tarde comerciante, pecuarista, jornalista, tabelião e contador.

Por todas essas atividades e pela sua capacidade, ingressou na vida pública, tendo ocupado os cargos de Vereador e Prefeito em Barra do Garças, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador por Mato Grosso.

Filiou-se ao Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, à Academia do Centro-Oeste, à Academia Paulista de História e à Ordem Nacional dos Bandeirantes.

Publicou muitas obras sobre História, Geografia e Problemas Político-Sociais: Expedição Roncador-Xingu  50 anos; Marcha para o OesteFundação Brasil Central; Aragarças: Portal da Marcha para o Oeste; Balisa, Etéreas Reminiscências; Barra do Garças: um pouco de sua história: nosso povo, vivência, fatos do passado; Barra do Garças (Migalhas de sua História); Barra do Garças: do Passado ao Presente; Barra do Garças no Passado; Biografia consultada: anais do Congresso. Avante! Filhos da Viúva; Filinto Muller, um líderSeca do Nordeste;  Como e porquê trabalham os pedreiros livres; Epopeia dos Sertões; Negro Sim, Escravo Não!; Poemas: o garimpeiro; Quando estive Senador; Raízes; Seca no Nordeste; Janela do Tempo, dentre outras.

Em 2004, ocupou o cargo de Secretário Municipal de Cultura de Barra do Garças.    

Faleceu em Barra do Garças, no dia 3 de fevereiro de 2008.

 

 

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Segunda, 26 Outubro 2020 18:06

Maria Cristina de Aguiar Campos - Perfil

Possui graduação em Letras, pela Universidade Federal de Mato Grosso (1983); mestrado em Educação, também pela Universidade Federal de Mato Grosso (1998); e doutorado em Educação, pela Universidade de São Paulo (2007). Lecionou no IFMT - Campus Cuiabá, de onde se aposentou. Tem experiência na área de Letras (Literatura), com ênfase na Literatura e Cultura Mato-grossenses, e Educação, com ênfase no processo de ensino-aprendizagem, atuando principalmente com os seguintes temas: cultura, imaginário, pantanal mato-grossense e literatura mato-grossense.

Ocorre neste sábado (01.05), às 17h, o lançamento dos livros de poesias “Crisálidas”, de Franklin Cassiano da Silva, e “Grupiaras”, de Ulisses Cuiabano. Organizados por Cristina Campos, as obras até então inéditas, foram contempladas no Edital MT Nascentes, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

O lançamento dos livros será nas plataformas do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade do Estado de Mato Grosso (PPGEL/Unemat), da Revista Pixé Canal Literário e da Editora Carlini & Caniato. O evento terá uma entrevista com Cristina Campos e os convidados Olga Castrillon-Mendes e Aclyse de Mattos, com mediação de Edson Flávio.

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