Quinta, 09 Setembro 2021 14:28

Ernani Calháo o novo titular da Cadeira 26

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Na noite de 31 de agosto, Antônio Ernani Pedroso Calháu Ernany Calhao passou a ocupar a Cadeira 26, da Academia Mato-Grossense de Letras, cujo patrono foi Joaquim Duarte Murtinho, e seus ocupantes: Joaquim Gaudie de Aquino Corrêa, Oscarino Ramos e Benedito Pedro Dorileo. Grandes homens que tiveram, cada qual ao seu tempo, suas trajetórias marcadas por histórias exitosas.
A Academia Mato Grossense de Letras o recebeu com toda distinção merecida.

A presidente Sueli Batista abriu o evento falando do novel acadêmico, com palavras que remeteram as memórias afetivas. “Como se fossem gravadas numa matriz de placa metálica destinada para a impressão de textos e imagens, as lembranças de distintas épocas ganham fluidez na mente de Antonio Pedroso Ernani Calháo, que se emociona em ter sua vida em detalhes. Dentre suas recordações, lá está uma casa feliz, com um avô intelectual. educador, jornalista e empresário gráfico e uma avó, mulher forte, muito avançada para seu tempo. Da sua cadeira de balanço dizia ela: Antônio você será um grande homem”.


Após transcorrer sobre o empossado, dentro do contexto de sua vida pessoal, no qual os laços familiares são fortes, ela finalizou, como se voltasse ao começo, destacando: “Antonio você será um grande homem”, apontando que isso já não era mais eco do passado, porque ele pela sua trajetória passaria a ocupar a Cadeira 26, cujo patrono foi  Joaquim Duarte Murtinho, e seus ocupantes: Joaquim Gaudie de Aquino Corrêa, Oscarino Ramos e Benedito Pedro Dorileo. Grandes homens que tiveram, cada qual ao seu tempo, suas trajetórias marcadas por histórias exitosas. Frisou que ele acreditou que a sua grandeza também estaria na imortalidade, conquistada pelo mérito de toda a sua vida.

Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, que presidiu a AML por três gestões, fez o discurso de recepção, com palavras inteligentes que emocionaram, e trouxe a luz fatos im portantes, a exemplo da chegada do seu trisavô. “O acadêmico Calháo realiza tal mister quase que como uma missão e, sem dúvida, o é como um tributo a ancestrais seus que aqui lançaram raízes a partir de meados do século XIX. Pois foi no ano de 1856 que aqui chegou, vindo da Bahia, Joaquim José Rodrigues Calháo”, destacou.


A atividade cultural do empossado, além de sua atuação no Direito e na Literatura também foi recordada por Carlos Gomes. “Ernani Pedroso não é apenas o estudioso do Direito, e recentemente praticante da literatura, mas é de igual modo um ativista cultural que luta há anos, e mais incisivamente desde que ajudou a fundar em 1989 a associação Muxirum Cuiabano, para que sejam resgatadas e valorizadas as raízes das tradições culturais e humanistas da terra que acolheu um Luís Pereira de Melo e Cáceres, o grande estadista do período Colonial, de Ricardo Franco de Almeida Serra, e gerou Antônio João Ribeiro, Joaquim Murtinho, Prudêncio Giraldes Veiga Cabral, Cavalcanti Proença, a que se somam os nomes de tantos outros ilustres brasileiros, aqui nascidos ou não, alguns dos quais inscritos no panteão pátrio”.


“Honra-me, sobremaneira, ingressar a esta Academia, entidade com estreito vínculo com a história deste Estado e sua Capital. Academias são instituições voltadas ao conhecimento, congregam intelectuais na persistente construção de bens culturais sob o esteio das letras, elementos basilares da civilização”, destacou Ernani Calháo em seu discurso.


Segundo ele, dentro deste prisma, “a Academia Mato-Grossense de Letras se define por dois eixos: a literatura e a cultura mato-grossenses. É o que se vislumbra ser sua missão, segundo o expresso no estatuto da Casa, e de toda produção acadêmica no âmbito da arte, em seu sentido ampliado, em seus 100 anos de existência”.


Ao finalizar sua fala enfatizando os que o sucederam, destacou o último ocupante da Cadeira 26, o professor Benedito Pedro Dorileo, dizendo que ele “honrou a família. Honrou esta Casa, como honrou Cuiabá, e honrou o Brasil. Sucedê-lo jamais, imitá-lo talvez, honrar sua memória, sempre”, frisou.


Conduziram Ernani para a mesa de honra: Lucinda Persona, Marta Cocco, Ubiratã Nascentes e Yvens Scaff.


A pelerine, que é usada pelos imortais, foi colocada por José Cidalino Carrara, primeiro vice-presidente da AML.


Participaram da entrega de flores e placas de honra para os homenageados, os acadêmicos: Aclyse Matos, Elizabeth Madureira, Luís Orione, Moisés Martins, Nilza Queiroz e Valério Mazzuoli.


Foram destacadas primeiramente com flores e placas de honra as famílias representadas na mesa de honra pela viúva do professor Dorileo, senhora Marlene Dorileo e pela esposa do empossado, Silvana Calháo.


Ernani destacou ainda com placas o maestro Fabrício de Carvalho, da UFMT e a empresa Studio Press Comunicação, representada pela pela diretora Mariza Bazo.

A posse pode ser assistida nos canais da AML, no YouTube e Instagram. A parte musical foi executada por um quinteto de cordas da UFMT. O reitor da Universidade, Evandro Aparecido Soares da Silva compôs o dispositivo de honra, juntamente com representantes da família e do Poder Judiciário.

Ler 497 vezes Última modificação em Quinta, 09 Setembro 2021 17:23