Gilmar Mendes é natural de Diamantino, município de Mato Grosso. Ele é professor, acadêmico, escritor, jurista e magistrado brasileiro. É ministro do STF desde junho de 2002, tendo presidido a Corte entre 2008 e 2010, sendo o atual decano. É considerado um dos principais nomes do Brasil, no âmbito jurídico.
A sessão transcorreu ao longo de, aproximadamente, duas horas e meia, num clima que cresceu, em descontração e informalidade.
O ministro discorreu sobre a sua ligação com Mato Grosso, apesar de estar fora do Estado há muitos anos. Mencionou laços afetivos familiares, evocando a sua mãe, em particular. E também destacou o hábito de tomar guaraná ralado, pelo menos duas vezes por dia, um energético mato-grossense tradicional, para enfrentar seus afazeres diários. Disse que sua intensa agenda cotidiana o impede de estar mais presente na AML; reconheceu os trabalhos da Casa em favor do fortalecimento da cultura mato-grossense.
Nomes da política do Estado, além de vários imortais, prestigiaram o evento. O ex-governador Pedro Taques e a ex-deputada federal, Rosa Neide, atual diretora da Companhia Nacional de Abastecimento, estiveram presentes.
A sessão foi conduzida por Luciene Carvalho, atual presidente da Academia, sendo secretariada por Cristina Campos, que exerce essa função na diretoria deste biênio.
A acadêmica Amini Haddad disse que a cerimônia foi marcada por simbolismos comunitários e familiares na culta e expressiva oratória do confrade homenageado. Ela ressaltou que a narrativa se fez a partir de uma história vivida e destacada em fases temporais, inclusive da divisão do Estado e as decorrências advindas até a contemporaneidade.
"O rito cedeu passagem à poesia, aos relatos das experiências de um outro tempo, mas que ainda perdura. E isso fez possível um compartilhamento do invisível" – declarou a presidente Luciene Carvalho. Todos se viram contemplados nas expressões de afetividade, registradas no Salão Nobre da AML. "Foi uma cerimônia diferenciada, voltada ao acolhimento", salientou Amini.
“A Sessão Festiva foi muito oportuna para conhecermos melhor o acadêmico Gilmar Mendes, que nos contou um pouco da infância em Diamantino e sua trajetória enquanto mato-grossense, relembrando o período em que entrou na Academia Mato-grossense de Letras, há vinte e cinco anos, e o esforço para sempre manter seus vínculos familiares e afetivos com a terra natal”, registrou Lindinalva Rodrigues.
O acadêmico Allan Kardec frisou que a sessão de transposição de Gilmar Mendes para a categoria de acadêmico benemérito da AML transcorreu ritualisticamente, com uma boa participação dos membros da Casa, considerando que ela foi realizada à tarde. Destacou a presença do ex-governador Pedro Taques e da ex-deputada Rosa Neide. Elogiou aspectos como o cerimonial, a climatização e a cantoria dos hinos de Mato Grosso e do Brasil. Kardec foi responsável por um toque literário e enriqueceu o evento, interpretando o poema de sua autoria 'Minha Quebrada'.
O imortal considerou bastante apropriado Gilmar Mendes, em seu discurso, rememorar o seu Prêmio Jabuti. E pontuou o fechamento da Sessão Festiva: "Encerramos no Salão Social com um brinde à democracia, que o ministro vem defendendo com muito vigor. A sessão me deixou feliz. Precisamos realizar outras tantas, sempre que necessárias, trazendo vida e atividades para a Academia".