Integração e importantes trocas de experiências, a Academia Mato-Grossense de Letras-AML, através da presidente Sueli Batista participou ativamente do Encontro de Academias de Letras do Brasil Central e Convidados, evento promovido em Goiânia de 19 a 21 de outubro, pela Academia Goiana de Letras.

“A participação da mulher na vida acadêmica” foi o tema que ela abordou, contribuindo ainda com a “Carta de Goiânia”, escrita por todos os presidentes de Academias participantes do evento, conduzido por José Ubirajara Galli Vieira, presidente da AGL e coordenado pela ex-presidente, Iêda Selma de Alencar.
Participaram como palestrantes os presidentes das Academias de Goiás, Ubirajara Galli; de Mato Grosso, Sueli Batista; Mato Grosso do Sul, Henrique Medeiros; de Tocantins Mary Sônia Valadares, do Espírito Santo, Ester Vieira;  do Rio de Janeiro, Sérgio Fonta. No evento ocorreram também conferências de abertura, com o professor doutor da UFG, Eguimar Felício Chaveiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e de encerramento, com o escritor e decano da AGL, Gilberto Mendonça Telles, um ícone da literatura brasileira.
Leia a palestra de Sueli Batista,  e na sequência a Carta de Goiânia. Uma síntese do que foi o Encontro, que terá a sua segunda edição em Cuiabá, em setembro de 2023. Sueli prestou homenagens aos presidentes e personalidades do âmbito cultural de Goiás, a exembro da União Brasileira de Escritores, Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, Associação de Jornalistas, Instituto Histórico e Geográfico, com a medalha e o diploma do mérito do centenário da AML e outorgou duas comendas José de Mesquita, a mais altahomenagem da AML, para dois presidentes: Ubirajara Galli e Henrique Medeiros.
 
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PALESTRA DE SUELI BATISTA
“A participação da mulher na vida acadêmica”
 
Quero iniciar a minha fala colocando a lira da mulher goiana na voz, como forma de respeito ao espaço que momentaneamente ocupo, para abordar um tema que acredito que seja de  muita relevância para o equilíbrio de gênero nos espaços das Academias de Letras, bem como para a cultura, seja ela de uma cidade, de um estado ou do país, onde existem tantas mulheres a caminhar, abrindo com os próprios pés,  trilhas, alamedas, estradas...vias paras suas idas e vindas.
Mulheres que em suas caminhadas trocam de cidades, de sotaques e colocam mais leveza em suas almas, a exemplo de Lêda Selma, a segunda mulher a presidir a Academia Goiana de Letras, que veio da Bahia ainda menina e escolheu Goiânia para viver, criar e sonhar, movendo-se pelo humor, pela emoção através  do que produz, seja poesia, prosa, conto e até o contro, explicado como "o conto que é crônica e a crônica que é conto", enlaçando tudo na sua forma multifacetada de ser e existir, não desprendendo-se de sua raiz, somando sua voz a tantas vozes que povoa a sua origem.
“Nordestino é árvore que não arqueia
Coração que não murcha
Fibra que não se esgarça
É cacto de mãos postas
A conectar-se com o Céu e
A saciar a sede da seca”
Lhe reverencio Lêda Selma, por seu ano cultural.
Reverencio também as mulheres que em suas andanças, trocaram até um dedo de prosa com elas próprias. Isso me remeteu a uma conversa que teve Cora Coralina, com Anna Lima dos Guimarães Peixoto Breta.
 
"ANINHA E SUAS PEDRAS
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede."
 
Como poderia eu, não falar aqui de Cora Coralina, poetisa, cronista e contista, de Goiás, e imortalizada por suas obras, e pelas Academias de Letras". A primeira  que ela abraçou, como membro fundadora foi a Academia Feminina de Letras e  Artes  de Goiás- AFLAG,  em novembro de  1970. Ela teve o seu nome como patrona e primeira titular da Cadeira 5. Segundo refiro-me a instituição que  a abraçou, anos depois, a Academia Goiana de Letras- AGL, que lhe empossou em 1984, sendo ocupante da Cadeira 38. 
 
Ao todo 15 mulheres foram eleitas para a AGL, hoje 8 compõe seus quadros. Duas delas foram presidentes. A primeira foi a escritora e educadora,  Maria do Rosário Cassimiro, 80 anos após a fundação  da AGL e a segunda Leda Selma. Tive o privilégio de conhecer ambas  por intermédio deste encontro.
Quando recebi o honroso convite para ser uma das conferencistas do presente evento, sugeri  que a minha temática contemplasse a mulher nos espaços das Academias de Letras, o que foi de pronto aceito. 
A Academia Mato-Grossense de Letras, a qual presido pela segunda gestão, sendo responsável pela comemoração do seu centenário, foi uma das primeiras no Brasil a ter admitido uma mulher em seus quadros. Em 17 de julho de 1921, em uma das reuniões preparatórias para a fundação do Centro Matogrossense de Letras, a sua raiz, foi proposto e  aprovado por todos os membros, o nome da professora Ana Luiza da Silva Prado para ocupar uma das cadeiras. Tal fato, entretanto, não é uma demonstração de que a instituição manteve-se sempre voltada ao progresso feminino na literatura. Para se ter uma ideia chegou aos 100 anos, tendo apenas três mulheres eleitas presidentes: A cronista e contabilista Nilza Queiroz Freire, foi a primeira; a advogada poetisa, escritora e professora doutora  Marília Beatriz de Figueiredo Leite a segunda e eu, jornalista, poetisa e memorialista a terceira. 
Atualmente, das 40 cadeiras,  3 estão vagas; 13 tem mulheres como titulares e 24 são ocupadas por homens. Ao longo da trajetória da instituição temos o registro de  181 membros na AML, e nem 10 por cento do quadro ocupado por mulheres, ao todo foram 18, das quais 17 eleitas e uma fundadora.
Fechamos as comemorações do centenário da AML, em 2021, com todas as cadeiras preenchidas e um ano depois registramos 3 falecimentos, entre os seus membros. 
Que  as mulheres sejam encorajadas de entrarem no processo eleitoral. É preciso ampliar as vozes femininas na Casa Barão de Melgaço, sede da instituição, assim como ampliá-las também na Casa Professor Colemar Natal e Silva e de outras casas e espaços que abrigam as Academias de Letras, principalmente da ABL.
Para que isso ocorra, entretanto, acredito que  seja preciso, que a mulher se apresente ao pleito. Digo isso porque como  presidente da AML, das  duas vagas que abri na minha primeira gestão, tivemos 11 candidatos e apenas uma inscrição foi preenchida por uma escritora e ela foi exitosa. Sim, a mulher ainda é passiva de preconceito e no segmento da cultura não é diferente, mas é preciso que ela se candidate. Por toda minha trajetória nas lutas pelos direitos da mulher e empoderamento feminino, estando a frente, como presidente local e nacional,  de uma das mais antigas instituições que trabalha a  igualdade de gênero,  que tem a sigla BPW de Business Professional Women, ONG que inclusive tem assento na ONU e status consultivo em  várias agências internacionais, dentre elas a UNIFEM, eu tive a convicção de que é preciso também a mulher colocar o empoderamento na voz. 
A escritora e pesquisadora mato-grossense, Yasmin Jamil Nadaf, que ocupa a Cadeira 38 da AML, é pioneira nos estudos referentes às escritoras mato-grossenses, com relevantes estudos no país,  que comprovam atitudes preconceituosas no âmbito cultural.
Em 1993 ela publicou a obra Sob o Signo de uma flor: Estudo da Revista A Violeta, publicação do Grêmio Literário “Júlia Lopes” fundado em Cuiabá. no período de 1916 a 1950. Há registro no livro de Yasmin que Ana Luiza foi uma das fundadoras da referida agremiação voltada à literatura, bem como da revista, cuja primeira edição de 16 de dezembro de 1916, em Cuiabá, mostra um apogeu da mulher mato-grossense na vida cultural. 
Escreveu Yasmin,que na primeira página do número 1 de A Violeta, anunciava-se o seu objetivo principal, e mais do que isso seu desejo de "não ser um repositório de escritos burilados pelo cinzel das  inteligências luminosas da nossa terra, mas sim o escrínio singelo que encerrará em cada uma das suas páginas os nossos primeiros ensaios na vida jornalística".
A escritora relata que a idéia de se criar um grêmio surgiu de um grupo de jovens estudantes da  "Escola Normal de Mato Grosso" que além de simpatizantes da cultura,  desejavam a instalação de uma espaço para o cultivo das letras, e a  sua divulgação,  através de A Violeta, revista bimensal que teve a longa duração de 34 anos. Um marco editorial pelo tempo e pela sua abordagem.
Eu estou certa de que o nome com o qual foi batizado o grêmio,  "Júlia Lopes" mostra que as suas fundadoras estavam antenadas com os fatos brasileiros e de certa forma isso foi uma maneira de se opor ao androcentrismo na vida cultural. Vale registrar que a homenageada com o grêmio feminino de Mato Grosso foi uma das grandes referências na escrita e também para a idealização da Academia Brasileira de Letras, participando das reuniões para a sua fundação. Entretanto, estudos e artigos em periódicos registram que ela foi impedida de ocupar uma cadeira na instituição, comprovadamente pelo fato de ser mulher. Afinal,  a sua inteligência, a sua escrita, sua competência e as suas ideias avançadas traziam para Julia Lopes  a legitimidade. Seu marido, Francisco Filinto de Almeida, por outro lado, foi aceito nos quadros da ABL.  
Júlia Lopes foi considerada uma das mais notáveis romancistas do século XIX, e uma das primeiras autoras a colocar suas letras a favor do questionamento do papel da mulher.
“Nascemos, morremos e no intervalo de uma outra ação, vivemos a vida que o nosso tempo nos impõe. O que ele impõe hodiernamente à mulher é o desprendimento dos preconceitos, a assalto às culminâncias em que os homens dominam e de onde a repelem, o feminismo vencerá, por que não nasceu da vaidade, mas da necessidade que obriga a triunfar”. Imagine o que sentiu a escritora ao ver seu esposo, poeta e dramaturgo luso-brasileiro, tornar-se imortal da ABL, e ela com mais bagagem intelectual, pela visão crítica de quem tem conhecimento de causa, não. Isso configura-se numa clara demonstração do  machismo no ambiente cultural. Daniel Brunet, jornalista e escritor do Rio de Janeiro, escreveu em junho de 2017, para o Jornal O Globo, quando a escritora imortal Ana Maria Machado coordenou um ciclo de palestras na Academia Brasileira de Letras, intitulada a Cadeira 41, que pertenceria aos grandes escritores do país,  como Júlia Lopes e Clarice Lispector, que não conquistaram a imortalidade.
O jornalista, apresentou na época, o exemplo de Júlia Lopes como o mais polêmico, a respeito das expressivas referências de escritores que foram deixados de fora da ABL. Foi citado que a carioca Júlia Valentina  da Silveira Lopes de Almeida, que viveu de 1862 a 1934 escreveu 10 livros, além de ter escrito para jornais, o que não era comum entre as mulheres. Sustentando as suas palavras, ele trouxe aos leitores,o que disse o escritor Luiz Ruffato, que foi o responsável por  falar da história de Júlia Lopes, dentro da abordagem da Cadeira 41. “Ela acabou sendo preterida por ser mulher. O marido dela, um poeta medíocre, virou acadêmico”.  Passaram-se, portanto, 80 anos após sua criação, para que a ABL aceitasse uma mulher em seus quadros. Ruffato teria dito ainda, que “tirando Machado de Assis, só há dois nomes que se equiparam a Júlia Lopes no século XIX: Lima Barreto e Aluísio Azevedo”.
 
No artigo escrito por Michele Asmar Fanini, da Universidade de São Paulo, no qual analisou-se os bastidores da eleição de Rachel de Queiroz, como a primeira representante feminina imortal na ABL  mostra-se que as portas da Academia Brasileira de Letras não foram completamente abertas com o seu ingresso, mas sim entreabertas. Isso porque a entidade fundada em 1897, manteve-se conservadora, até 1976, principalmente devido ao artigo 17 do seu regimento interno, que facultava apenas aos brasileiros do sexo masculino a possibilidade de candidatarem-se. A alteração estatutária, portanto, assegurou sim a possibilidade de ter candidatas mulheres, por outro lado, não houve reconhecimento de que tenha o fato comprovado uma abertura para a igualdade de gênero na Academia. Fanini reproduz um texto de "O Correio Brasiliense", de uma observação feita por Maria Clara Machado: “não parecemos estar diante do “fim de uma discriminação”, justamente porque o ingresso de Rachel de Queiroz se nos afigura como uma espécie de casuísmo, tal como veremos na próxima seção. Tratava-se menos de aprovar a elegibilidade feminina do que de criar condições favoráveis para a viabilização de um ingresso específico”.  Ou seja, quem mais trabalhou para tornar legitimo a eleição da primeira mulher na ACADEMIA Brasileira de Letras, referendando-se a luta como das mulheres, pelos registros da história, foi a escritora Dinah Silveira de queiroz, romancista, cronista e contista brasileira, que foi a segunda representante feminina a ocupar uma cadeira na ABL, recebida no dia 7 de abril de 1981.
Raquel de Queiros foi duramente criticada, pela ala feminista, da qual nunca participou, devido a escritora, ao ingressar  na ABL não ter levado consigo tal ideologia. Lembrando que ela disse em  que chegou à ABL, não por ser mulher, mas porque tinha uma obra.
No dia seguinte a posse de Raquel de Queiros, a notícia da conquista muito aguardada pelas escritoras femininas e feministas, as mais ferrenhas defensoras dos direitos das mulheres, teve uma divisão de página de jornal. De um lado falava-se de Raquel de Queiroz e do outro, de Dinah Silveira de Queiroz, a escritora que mais lutou para o ingresso da mulher na ABL, passando inclusive pela defesa de propostas para mudanças de ordem estatutária na instituição, que abrissem a possibilidade de eleger mulheres. 
Em 1980, Dinah Silveira de Queiroz tentou mais uma vez ingressar na ABL e foi aceita. Daquele ano, aos nossos dias,  somente seis mulheres foram eleitas: Lygia Fagundes Telles (1985). Nélida Piñon (1989), Zélia Gattai  (2001) Ana Maria Machado,  (2003), Cleonice Berardinelli (2009) , Rosiska Darcy (2013) e Fernanda Montenegro ( 2021). Ou seja, ao longo de 125 anos de fundação a ABL tem registro de apenas 8 mulheres em seus quadros.
Retomando a Academia Mato Grossense de Letras, e a primeira mulher a ocupar uma cadeira na instituição já na fase embrionária, obviamente criou-se uma expectativa forte para que outras mulheres ingressassem. E novamente foi do Grêmio Júlia Lopes a eleita. A segunda mulher a ocupar uma cadeira foi Maria de Arruda Muller, esposa do interventor do Estado Júlio Muller e também uma das responsáveis pelo Grêmio Literário Júlia Lopes, e pela Revista A Violeta. Na sequência vieram: 
3- Vera Randazzo
4-  Dunga Rodrigues
5- Nillza Queiroz Freire
6- Yasmin Jamil  Nadaf
7- Elizabeth Madureira
8 - Amini Haddad- Juiza escritora
9- Marilia Beatriz
10-Lucinda Persona
11– Marta Helena Cocco
12– Sueli Batista
13-  Cristina Campos
14- Olga Castrillon
15-  Luciene Carvalho
16-  Lindinalva Rodrigues
17- Neila Maria Souza Barreto
18- Marli Terezinha Walker 
 
Gostaria de destacar que  no ano do  meu ingresso na AML, 2014, mais duas escritoras foram eleitas no mesmo dia e mês, fato histórico. Isso porque havia um claro esforço do presidente, da época, Eduardo Mahon em mudar o quadro, incentivando a participação feminina nas disputas pelas vagas. No ano anterior ele já havia empossado uma escritora e após a eleição histórica mais três mulheres, sucessivamente foram eleitas, em sua gestão, totalizando 7 no período inferior de dois anos.  Inclusive ele empossou a primeira e única mulher negra na  instituição a poeta Luciene de Carvalho. 
Em minha gestão eu dei posse para três mulheres, duas delas eleitas no final da gestão do presidente anterior, Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, que me incentivou a concorrer como presidente para lhe suceder. Foi ele também que deu posse para a primeira presidente da AML. Os dois exemplos mostram que as mudanças ocorreram pela boa vontade dos gestores, não se esperando mais por várias décadas.
Em 2008, 87 anos após a AML  ser fundada,  do grupo das primeiras 5 imortais, a instituição teve sua primeira presidente. Nilza Queiroz Freire, que gosta de recordar, que um dos diretores da época, o acadêmico, José Ferreira de Freitas, disse na ocasião, que "antes era tudo sim senhor e que agora seria sim senhora", reverenciando a mulher presidente.
Depois de  2008, o tempo de eleição para uma nova foi encurtado,  não chegou a duas décadas. A segunda  presidente, Marilia Beatriz de Figueiredo Leite foi eleita em 2015,  e eu em 2019, apenas 4 anos depois.
Sou realizada por ter  sido reeleita, reconduzida à presidência por meus méritos, mas gostaria ainda de ser a primeira presidente a transmitir o cargo para outra mulher, eliminando todo distanciamento de uma gestão para outra. Tenho trabalhado neste sentido, pois hoje há promessas para uma sucessão novamente feminina para a presidência. Há inclusive quem já tem experiência de gestão, a jornalista e historiadora Neila Maria Souza Barreto, por exemplo, que ingressou na  cadeira ocupada pelo primeiro presidente, José Barnabé de  Mesquita, é presidente reeleita, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, instituição também centenária, que tem sua sede junto da AML, na Casa Barão de Melgaço, conhece bem a realidade da AML.
A discussão da participação da mulher nas Academias de Letras pode ser  ainda mais ampliada pela gama de mulheres acadêmicas que diretamente estão engajadas nas lutas femininas e contribuindo com seus estudos nas esferas cultural e social. Percebe-se que estamos diante de um cenário, em que a alteração das relações humanas favorece a participação mais ativa da mulher no âmbito das Academias de Letras, deixando mais distante o ranço de uma sociedade patriarcal,  que relega  a mulher aos planos secundários  visando a manutenção e o domínio masculino.  É inegável, por outro lado,  que do século 20 ao século 21 as mulheres tem experienciado avanços e precisam  seguir mais adiante, dando novos passos para que o empoderamento nas letras alcance  números mais equitativos, já que não se discute o qualitativo.
 
*Sueli Batista dos Santos
Presidente da Academia Mato-Grossense de Letras*
 
 
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CARTA DE GOIÂNIA – LIDA AO FINAL DO ENCONTRO  PELO PRESIDENTE DA AGL, JOSÉ UBIRAJARA GALLI VIEIRA,
 
Três dias iluminados pela primavera – 19, 20 e 21 de outubro de 2022 –. Todavia, a luz não se disseminava, apenas, na Casa Colemar Natal e Silva, sede da Academia Goiana de Letras/AGL, situada em Goiânia, na emblemática Rua 20, 175, Setor Central. A luz também emanava da alegria da Entidade em receber ilustres presidentes das Academias de Letras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de especiais convidados, para o PAINEL LITERÁRIO do Brasil Central e Convidados – Encontro de Academias de Letras –, sonho antigo da confraria. José Ubirajara Galli Vieira, presidente da AGL, saudou, com boas-vindas e agradecimentos, os participantes do evento e declarou abertos os trabalhos. Três dias inteiros de congraçamentos, trocas de impressões, opiniões, experiências, debates. Momentos memoráveis, com relevantes conteúdos em palestras substanciosas, abrangentes, provocativas, enriquecedoras. Cada Painel Literário, destacado pelas peculiaridades do tema e importância das propostas, bem exposto nas falas dos palestrantes.
Dia 19
- Às 10h - O primeiro Painel, A ocupação humana do Cerrado e a narrativa decorrente, desenvolvido pelo geógrafo, Prof. da UFG, Dr. Eguimar Felício Chaveiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, resultou em instigantes questionamentos: 1) Quais as consequências de uma ocupação humana que não leva em conta o respeito ambiental? 2) Dizimação ambiental – há alguma recuperação possível? 3) É possível existir uma civilização apartada da Natureza?
-Às 14h30min, Sueli Batista dos Santos, que preside a Academia Mato-Grossense de Letras, discorreu sobre A participação da mulher na vida acadêmica. Ao final, ela propôs:
1) Refletir sobre a expansão do espaço da mulher na vida acadêmica e na vida cultural como um todo.
2) Realizar bienal com obras de escritores das Academias de Letras, com exposições para públicos diversificados.
3) Reivindicar ao poder público aquisição e distribuição de obras dos acadêmicos visando ao compartilhamento do conhecimento, estímulo à pesquisa social e científica e à conservação do patrimônio cultural.  
4) Fundar a Federação Nacional das Academias de Letras, ampliando-se os intercâmbios.
5) Criar um observatório de gênero, junto às instituições, levantar as boas práticas nesse sentido, e o crescimento da participação feminina, não só nos processos eleitorais, para ocupação das cadeiras, mas também nos de gestão.
- Às 16h - a escritora Ester Abreu Vieira de Oliveira, presidente da Academia Espírito-Santense de Letras, versou sobre São José de Anchieta, no Espírito Santo, poeta e dramaturgo. 1) Reflexão sobre sua obra. 2) Como interpretar sua figura dentro da literatura brasileira? 3) Qual o papel da centenária Academia Espírito-santense de Letras, no cenário cultural brasileiro.
Dia 20
- Às 10h - Nesse terceiro Painel, O papel das academias de letras no Brasil foi abordado pelo escritor e presidente da Academia Carioca de Letras, Sérgio Fonta, que, antes, buscou, no passado, antigas academias, a começar pela primeira, a de Platão, na Grécia, para depois visitar as atuais, cujas dificuldades limitam suas atividades e execução de projetos. 1) A importância da força do Estado para estimular e dotar as academias literárias com aportes que lhes permitam realizar uma caminhada exitosa.
2) Situação deficitária de algumas instituições culturais.
3) Que mecanismos oficiais podem ser realizados visando ao seu melhor desempenho cultural. 4
) Alerta para a não supervisão das redes sociais e da internet.
- Às 14h30min – a escritora Mary Sônia Valadares, presidente da Academia Tocantinense de Letras, enfocou O papel das academias na vida cultural das cidades novas.
1) Como pensar a atuação de sua Academia de Letras na vida cultural da cidade e do Estado?
2) Como articular sua função cultural de defensora das tradições linguística e cultural?  
3) E as novas dinâmicas sociais, movidas por novidades tecnológicas e constantes mudanças nos registros linguísticos?
- Às 16h – Escritor Henrique Alberto de Medeiros Filho, presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, expôs as Oportunidades e ameaças enfrentadas pela literatura diante das novas mídias e os suportes. Em sua fala, propôs:
1) Valorização da Literatura nas Grades Escolares públicas.
2) Incentivo das Academias Estaduais, no destaque à Literatura e Leitura.
3) Participação das Academias nas redes sociais para maior empatia com suas regiões em relação ao conhecimento de seus escritores e obras com vistas à maior difusão, popularização e conhecimento.
4) Desenvolvimento de um trabalho para maior intercâmbio e interrelacionamento entre as Academias, o que diminuirá distâncias e desinteresses.
5) Aglutinação de esforços das Academias Estaduais de Letras de todo o Brasil, junto à Academia Brasileira de Letras/ABL, despertando-a para a importância da aproximação e intercâmbio da Casa Nacional com as Casas Estaduais, por meio de convênios ou atividades em prol da literatura e da Leitura, destacando-as em seus aspectos regionais e nacionais.
Dia 21
- Às 10h – Encerrando, com ‘chave de ouro’, o evento, diga-se, de máxima significação para a Literatura, pois abriu um olhar mais amplo para temas de interesse comum dos participantes, Gilberto Mendonça Teles, decano da AGL, palestrou sobre A visão da Poesia e sua relação com os problemas ambientais.
CONCLUSÃO:
Patentes, em um contexto geral:
1) Preocupação com o meio ambiente;
2) Importância, e até necessidade, de união, contatos mais estreitos e intercâmbios literários entre as Academias de Letras;
3) Dificuldades por que passam, com a falta de apoio do governo;
4) Função das Academias de Letras para a Cultura e para a sociedade.
5) Destacada, ainda, a exigência atual de inclusão das academias nas mídias.
Assim, a expectativa focada nas propostas é unânime quanto a não deixá-las cravadas e esquecidas no papel, mas que caminhem, voem para que o sucesso deste evento frutifique-se em expressivas conquistas e marcantes realizações.
Goiânia, 21 de outubro, primavera de 2022
 
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Casa Colemar Natal e Silva, sede da Academia Goiana de Letras (AGL) 

 

O “Encontro de Academias de Letras: painel literário do Brasil-central e convidados”, organizado pela Academia Goiana de Letras (AGL), vai reunir em Goiânia acadêmicos e presidentes de academias de letras de diversas partes do Brasil, destacadamente da Região Centro-Oeste. O projeto, aberto ao público, foi contemplado pelo edital 06 de Fomento à Literatura do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás de 2017.  

O principal objetivo do projeto é propiciar à AGL cumprir com mais amplitude e visibilidade seu papel cultural, fazendo a entidade interagir com a comunidade e entidades coirmãs, promovendo intercâmbio e partilha de ideias e experiências. As conferências vão abordar temas sobre ecologia, meio-ambiente, com destaque para o enfoque sobre o Cerrado, sempre pelo viés da Literatura. Participarão como conferencistas os acadêmicos presidentes de Academias de Letras do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), do Tocantins, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além do decano da Academia Goiana de Letras, Gilberto Mendonça Teles.

O evento vai ocorrer nos dias 19, 20 e 21 de outubro de 2022, na Casa Colemar Natal e Silva, sede da AGL, localizada na rua 20, número 175, Centro de Goiânia. A abertura vai receber uma apresentação cultural dos alunos do Instituto de Educação e Artes Gustav Rither, seguida de uma palestra do geógrafo Eguimar Chaveiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e professor da Universidade Federal de Goiás.

 

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Ao final do evento será lida por José Ubirajara Galli Vieira, presidente da Academia Goiana de Letras, a “Carta de Goiânia”, documento síntese do evento, produzido pelo conjunto dos participantes, com edição final da escritora Lêda Selma, sintetizando as palestras, evidenciando suas preocupações literárias e ambientais. Após a leitura pública, a carta será distribuída aos veículos de comunicação e redes sociais, além de compor um número da Revista da AGL, reunindo os textos de todas as conferências do painel.

1) CRONOGRAMA

Dia 19 de outubro de 2022

Abertura do Painel Literário

10h – Apresentações dos convidados. Momento artístico: alunos do Instituto de Educação e Artes Gustav Rither

10h30min às 12h – Conferência do Professor Doutor Eguimar Chaveiro: A ocupação humana do cerrado e a narrativa decorrente. Debates

14:30h às 17:00h – Mesa redonda 1

Conferência da Presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Acadêmica Sueli Batista: A participação da mulher na vida acadêmica.  

Conferência da Presidente e ex-presidente da Academia Espírito-Santense de Letras: acadêmica Ester Vieira: São José de Anchieta no Espírito Santo, poeta e dramaturgo

Dia 20 de outubro de 2022

10h às 11:30h – Conferência do Presidente da Academia Carioca de Letras, Sérgio Fonta: O Papel das Academias de Letras no Brasil

14:30h às 17:00h – Mesa redonda 2

Conferência do Presidente da Academia Tocantinense de Letras: acadêmica Meire Sônia: O papel das academias na vida cultural das cidades novas

Conferência do Presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – Acadêmico Henrique Medeiros - Oportunidades a ameaças enfrentadas pela literatura diante das novas mídias e os suportes

Dia 21 de outubro de 2022

10h às 11:30h – Conferência do Acadêmico Gilberto Mendonça Teles – A visão da Poesia e sua relação com os problemas ambientais

11:30h – 12h– Encerramento: Leitura da “Carta de Goiânia” pelo presidente da Academia Goiaoona de Letras, José Ubirajara Galli Vieira.  

Foi muito emocionante a Sessão Magna de Saudade em memória do Acadêmico Avelino Tavares, Cadeira 17. Sueli Batista, presidente da AML abriu a sessão com fragmento poético do homenageado. O panegírico foi feito por Eduardo Mahon, falou em nome da família João Bosco Ribeiro Barros.

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A matriarca da família dona Liosa foi homenageada com uma orquídea, entregue em nome da AML pelas confreiras Elizabeth Madureira Siqueira e Lucinda Persona, recebida pela Abigail Tavares, filha de Avelino.

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Ocorreram participações especiais na parte literomusical com integrantes da
Orquestra Sinfônica da UFMT, ao violino Tiago Leal e ao violão, Vanderson Silva; os acadêmicos Ernany Calhao e Moisés Martins; o poeta Airton Reis, e os declamadores Wanda Marchetti e Sadi. O cerimonial foi conduzido por Jose C Carrara e Mariza Bazo.
Os convidados cumprimentaram os familiares no Salão Social da Casa Barão, onde foi servido o coquetel.

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É com pesar que a Academia Mato-Grossense de Letras –AML comunica o falecimento dia 29 de agosto,  do acadêmico Francisco Leal de Queiroz, membro da Cadeira 30, aos 95 anos de idade, na Cidade de Três Lagoas-MS. Ele foi poeta, cronista, político e jurista. Era casado por 68 anos com Maria Elza Fogolin Leal de Queiroz, com quem teve dois filhos, Elza Maria e Francisco Júnior, tinha cinco netos e sete bisnetos.

 
A Prefeitura Municipal de Sete Lagoas decretou luto oficial por 3 dias, pois Leal de Queiroz foi prefeito da referida cidade.
A presidente da AML, Sueli Batista lamentou a morte do acadêmico, até então o primeiro na ordem de antiguidade da instituição. “Estamos ainda com os corações carregados pelos sentimentos do luto, devido não só a partida de um dos notáveis membros da nossa Academia, mas também pela soma das partidas sucessivas de nossos confrades, pois em junho, dia 26 faleceu Tertuliano Amarilha e no dia 21 de  julho, Avelino Tavares, agora no final de agosto Leal de Queiroz, são emoções de tristezas que temos experienciado  mensalmente”, ressaltou. A presidente lembrou que no ano de 2021 a Academia comemorou seu centenário com o seu quadro de membros completo, com as 40 cadeiras ocupadas.
 
Sobre o Acadêmico
 
Francisco Leal de Queiroz nasceu na cidade de Paranaíba-MT (hoje MS), no dia 8 de janeiro de 1927, sendo filho de José Queiroz e Dolorita Leal de Queiroz. Casado com Maria Elza Fogolin Leal de Queiroz.
Realizou seus  estudos primários na Escola 2 de Julho; o secundário junto ao Instituto Americano de Lins/SP, o superior como Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, Rio de Janeiro.
Tem uma trajetória profissional ligada as atividades política e judiciária, sendo que exerceu os seguintes cargos:1949 - Promotor de Justiça, na Comarca de Paranaíba/MS; 1950 - Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Reeleito em 1954; 1958; Prefeito Municipal de Três Lagoas/MS; 1962 - Deputado Estadual na Assembleia Legislativa, MT; 1966 - Secretário do Interior e de Justiça do MT, até 1971; 1983 - Representante de Mato Grosso do Sul em Brasília/DF; 1986 - Secretário de Justiça de MS; 1987 - Secretário de Segurança Pública de MS, e no ano de 1988 - Procurador do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas, MS. Último cargo que se tem registro.
 
Além da sua vinculação como membro da  Academia Mato-Grossense de Letras, pertence também a outras instituições: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da qual foi presidente  e ao  Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.
 
Dentre suas publicações: Pequena História de Sant’Anna do Paranahyba; Enquanto a Lira Tange (poesias);  O Violino das Galeras (poesias); 3 Histórias;  Crônicas de  Leal de Queiroz - Poesia completa e alguma prosa. Fez o prefácio do livro “Frutos Colhidos” .
O sepultamente ocorreu na tarde do dia 29 de agosto, no Cemitério de  Três Lagoas-MS.

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Com emoção na voz e demonstrando amizade pelo homenageado, a presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Sueli Batista presidiu a Sessão Magna de Saudade em memória do acadêmico Tertuliano Amarilha, ocupante da Cadeira 23, que faleceu no dia 26 de junho deste ano. O evento ocorreu no Salão Nobre da. Casa Barão e os familiares receberam os convidados no Salão Social. Fizeram parte da mesa de honra, a presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso- IHGMT, Neila Barreto, diretora 1ª secretária da AML, a curadora da Casa Barão, Elizabeth Madureira Siqueira, presidente da Comissão Editorial da AML, o filho do homenageado, Gilson Ottoni Amarilha e Rubia Ranzani, presidente da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais-BPW Cuiabá, instituição Amiga da Academia. O diretor 1º tesoureiro, José Cidalino Carrara fez a parte oficial do cerimonial.
Sueli Batista leu após abrir os trabalhos, a poesia "Visita Milagrosa" uma das que Tertuliano lhe dedicou em uma das visitas que ela fez ao acadêmico, que já nao podia participar das reuniões da instituição.
Elizabeth Madureira Siqueira foi designada para fazer o panegírico do homenageado, destacando a trajetória de sucesso de Tertuliano e convidou para fazer parte do rito póstumo, os vices-presidentes da AML Aclyse Mattos e Fernando Tadeu que declamaram poesias do falecido.

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Outras poesias de Tertuliano foram declamadas, uma pela neta do homenageado Danielle Amarilha, que destacou a criação dedicada pelo avô, para sua avó Guiomar; a outra poesia por Mariza Bazo, jornalista e Amiga da Academia que também contribuiu com a parte inicial do cerimonial. Ela disse que Tertuliano ao conhecê-la há mais de 20 anos, lhe dedicou os belos dizeres poéticos numa folha que guardou, podendo naquela noite retribuir naquele momento a homenagem.
O filho Gílson Ottoni Amarilha, falou em nome dos seus irmãos Jásper Ottoni Amarilha , Jardel Ottoni Amarilha e Geisa Ottoni Amarilha, e de toda a família, noras, genro, netos e bisnetos. Falou pouco, pois no início da cerimônia foi o narrador do mini documentário sobre a trajetória de seu pai, que foi produzido por Marcelo Miranda, seu genro.

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A parte musical ao piano e violino foram executadas respectivamente por nomes que são referências, o maestro Fabricio Carvalho e a violista Fernanda Pavan.
A presidente prestou uma homenagem, ao final da cerimônia, para Geisa Ottoni Amarilha, com flores e um presente com chancela da AML, que foram entregues pela diretora 2ª Tesoureira, Marta Cocco e pela conselheira fiscal Nilza Queiroz Freire.
A presidente antes de finalizar a sessão declarou com a voz embargada que estava vaga a Cadeira 23.
Agradeceu aos acadêmicos que prestigiaram a solenidade destacando que "juntos realizamos uma sessão a altura do que o homenageado mereceu.
A próxima Sessão Magna de Saudades será dedicada a memória de Avelino Tavarez, que faleceu em 21 de julho, vítima de Covid 19. O evento ocorrerá na Casa Barão de Melgaço, no dia 10 de setembro às 19 horas.

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Fotos de Camila Ribeiro

Quinta, 21 Julho 2022 21:19

SAUDADES

Avelino era jornalista e escritor, colaborou com os jornais: Estado de Mato Grosso, Diário de Cuiabá, Jornal do Dia, Correio da Imprensa, A Gazeta, Folha do Estado. Foi Assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Cuiabá. É Cavaleiro da Ordem do Mérito Mato Grosso, título outorgado pelo Governo do Estado de Mato Grosso. É autor da obra a Janela do Tempo. Uma das últimas honrarias recebidas foi a Medalha e o diploma do mérito dos 100 anos da instituição. A presidente da AML, Sueli Batista lamentou o falecimento, destacando a importância de Avelino Tavares para a literatura. Suas declamações eram carregadas da seiva de sentimentos e seus textos abriram janelas para o tempo..

SOBRE AVELINO

Nasceu em Cuiabá-MT, no dia 11 de março de 1926. Filho do Tenente Francisco Antônio Tavares e de Maria Montiel Tavares. Seus estudos fundamentais foram cursados junto à tradicional Escola Modelo Barão de Melgaço, em Cuiabá. O nível médio, no Liceu Cuiabano, onde se bacharelou. Depois de formado, frequentou diversos cursos de extensão: - Introdução ao Serviço Social (1954), realizado durante o governado de Fernando Corrêa da Costa, em parceria com a Legião Brasileira de Assistência; - Desenvolvimento Brasileiro – Convívio – Sociedade Brasileira de Cultura (1978), oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso; - Sociedade Brasileira e Participação Democrática, oferecido pelo Convívio – Sociedade Brasileira de Cultura (1979), pela UFMT.

Profissionalmente Avelino ocupou os cargos de Chefe de Gabinete Parlamentar do Vereador Marcelo Ribeiro Alves (01/01/1993 a 01/05/1994), e de Assessor de Jornalismo da Câmara Municipal de Cuiabá (1994) Pelos méritos e reconhecimento, foi merecedor das seguintes insígnias: Sócio Honorário do Rotary Club, Cuiabá (Porto); Diploma de Honra ao Mérito, oferecido pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso – Comando Geral (1993); Cavaleiro da Ordem do Mérito Mato Grosso, oferecido pelo Governo do Estado de Mato Grosso (1994)

Jornalista por vocação e diletantismo, por mais de 50 anos, colaborou nos seguintes periódicos: Estado de Mato Grosso, Diário de Cuiabá, Jornal do Dia, Correio da Imprensa, AGazeta, Folha do Estado e outros. Autor de um livro de prosa e poética, intitulado Janela do Tempo.

O Acadêmico não teve velório devido a causa de sua morte ser Covid 19, entretanto, antes do sepultamento a presidente Sueli Batiosta, lhe fez uma ultima homenagem em nome da instituição.

Terça, 12 Julho 2022 15:42

Sessão Magna

A  Academia Mato-Grossense de Letras-AML realizou no dia 9 de julho Reunião Ordinária, quando junto ao seu corpo acadêmico, definiu-se a data da Sessão Magna de Saudades, em homenagem ao Acadêmico Tertuliano Amarilha. No dia 12 de agosto, a sessão ocorrerá com a presença dos familiares, amigos e membros da AML.

 
Foi destacado na oportunidade, pela presidente da AML Sueli Batista,  a relevante contribuição deixada por Tertuliano Amarilha para as letras, principalmente a literatura, com cerca de 500 obras publicadas. Foi escolhida para fazer o panegírico em homenagem ao acadêmico falecido no dia 26 de junho, a acadêmica historiadora, Elizabeth Madureira.
 
Na reunião foi prestada também uma homenagem para a acadêmica Nilza Queiroz Freire, primeira mulher a presidir a AML, que completou 90 anos de vida, e ainda participa de todas as reuniões dando sua contribuição, sendo atual membro do Conselho Fiscal.
 
A  reunião foi encerrada com a doação por parte da acadêmica, Lucinda Persona, para o acervo da AML de uma escultura de Manoel de Barros, um dos mais ilustres poeta brasileiro, nascido em Cuiabá.

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Terça, 05 Julho 2022 12:25

AML recebe alunos

A  Academia Mato-Grossense de Letras, recebeu no dia 23 de junho  professores e alunos da  Escola Estadual Professor João Batista, de Tangará da Serra.

A visita para a instituição fez parte  do Programa Chá Literário- A literatura no chão da escola na articulação dos saberes, desenvolvido pela instituição de ensino, criado pela professora Angela Maria. 
A presidente Sueli Batista, o diretor João Batista Almeida e o conselheiro Ivens Cuiabano Scaff fizeram as apresentações no Salão Nobre e o diretor Jose Cidalino Carrara, no Salão Social. Foram ricos os  momentos  de compartilhamentos na Casa Barão. Foi a terceira visita feita pela escola à AML
 
 
 
Terça, 05 Julho 2022 12:25

AML recebe alunos

A  Academia Mato-Grossense de Letras, recebeu no dia 23 de junho  professores e alunos da  Escola Estadual Professor João Batista, de Tangará da Serra.

A visita para a instituição fez parte  do Programa Chá Literário- A literatura no chão da escola na articulação dos saberes, desenvolvido pela instituição de ensino, criado pela professora Angela Maria. 
A presidente Sueli Batista, o diretor João Batista Almeida e o conselheiro Ivens Cuiabano Scaff fizeram as apresentações no Salão Nobre e o diretor Jose Cidalino Carrara, no Salão Social. Foram ricos os  momentos  de compartilhamentos na Casa Barão. Foi a terceira visita feita pela escola à AML
 
 
 

O mestre da cultura, Natalino Ferreira Mendes é tema do documentário que será exibido no Cine Teatro Cuiabá, nesta terça-feira, dia 26 de abril, às 19h30

 

O poeta, jornalista, historiador e memorialista cacerense Natalino Ferreira Mendes (1924-2011) terá Documentário lançado no Cine Teatro Cuiabá, nesta terça-feira, dia 26 de abril, às 19h30, compondo a Agenda de comemoração dos 80 anos do Cine Teatro, com entrada gratuita.

Com direção de Leonardo Sant’Ana, Terra do Sol Filmes, o Documentário faz parte de um projeto maior aprovado pela Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer/SECEL/2020, que previu a publicação de inéditos do seu acervo documental, Fragmentos da história cultural de Cáceres e outros fios da memória, em dois volumes, pela Editora Carlini & Caniato (2021) e a construção do Site www.natalinoferreiramendes.com.br por Umberto Magalhães, onde se encontra o conjunto da obra do escritor, com download gratuito, além da sua trajetória pessoal e profissional. 

O incentivo público trouxe a oportunidade de concretização de uma ideia que tomou forma com apoio de professores das Escolas Públicas, da UNEMAT e dos companheiros da Academia Mato-Grossense de Letras e dos Institutos Históricos de Cuiabá e de Cáceres, instituições das quais o homenageado fez parte, tanto como associado como incentivador. Neste momento, o Cine Teatro Cuiabá é parceiro no processo de difusão,abrindo suas portas à comunidade cuiabana e aos cacerenses que aqui residem.  

  • Olga Castrillon Mendes e a presidente da AML, Sueli Batista

Pioneiro ao tratar de obras sobre a história de Cáceres, Natalino tem a sua vida unida à vida da cidade, escrevendo-a em prosa e verso, além de possuir uma folha de serviços prestados à educação, ao poder público e à comunidade. O conjunto de sua obra constrói um panorama histórico e sócio-cultural de significativo valor documental e memorialista, colocando Cáceres no macrossistema de representação nacional e internacional. 

Está aberto mais um espaço de conhecimento sobre o acervo documental e as personagens que constroem a nossa história cultural. 

No lançamento em Cáceres, representantes da Academia Mato-Grossense de Letras e do Instituto Histórico de Cáceres: da esquerda para a direita: Cristina Campos, Olga Castrillon Mendes, Sueli Batista, Agnaldo Silva e Adilson Reis.

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