POESIA FEITA E DECLAMADA EM HOMENAGEM AO EMPOSSANDO EM 16/11/2007
Acadêmico Tertuliano Amarilha
Cadeira 23
O IDEALISTA
“O idealista é quase sempre
Perseverante,”
o homem que se enquadra
nessa afirmação,
geralmente se propõe
a atingir alturas
com a força invulnerável
de sua mente prodigiosa.
É aquele que busca
a base da realidade
no mundo fascinante de seus sonhos.
Jamais se esgueira
aos golpes da adversidade,
sobrepuja sempre
os desafios que surgem.
Podem vir
as mais terríveis tempestades
com fúrias avassaladoras.
Ele nada teme,
o mar agitado da vida
não o assusta.
Pertinaz ao extremo
olha com firmeza
o horizonte
e prossegue na caminhada
com destemor.
A trajetória que traçou
assemelha-se ao sol
que intensifica o seu brilho
quando o negrume das nuvens
tenta impedir o seu avanço
na atmosfera.
É firme nas suas decisões
por mais que o quadro
se mostre temerário.
Pode acontecer
que encontre alguns entraves,
estes, porém,
jamais serão inexpugnáveis;
haverá sempre meio de contorná-los
e vencê-los.
É de se pensar
no jequitibá gigante
que se exibe aos nossos olhos
com sua esplêndida estrutura.
Essa árvore teve origem
numa pequenina semente
que germinou
num recanto inóspito da floresta.
A natureza
encarregou-se de protegê-lo
e vencendo o ambiente hostil
que o cercava, viu-se fortalecido
com os bafejos alentadores
das aragens matutinas
e das chuvas benfazejas.
Aprofundou suas raízes
com o poder benéfico
do húmus que o chão lhe propiciou;
o seu tronco se avolumou
e visou projetar-se
para o alto
em direção à abóbada azul.
Decorridos alguns anos
lá estava – belo e imponente
o majestoso jequitibá
com sua fronde compacta
ornamentada de flores
e servindo de refúgio
aos pássaros que ali vinham
entoar seus gorjeios
e construir seus ninhos.
O mesmo ocorre
com o cultor das letras,
o sonhador, o intelectual,
o literato, o beletrista,
que mantém aceso
o sagrado ideal.
Sua existência
desde o dia em que nasce
impõe-lhe sérias exigências,
o amor materno indispensável
dá-lhe a guarida necessária
e ele começa a dar
inseguros passos.
Na escola
contacta com as primeiras letras,
pequeninas luzes
que iluminarão por toda a vida
o seu privilegiado cérebro.
Recebe de Deus,
do Supremo Criador,
o maravilhoso dom,
fonte de inesgotável saber.
Nem sempre, porém,
as sendas se apresentam favoráveis,
as perspectivas
às vezes são enganosas
e mostram o lado adverso
do panorama que se imagina.
A crítica malévola
e o vilipêndio dos invejosos
tentarão inutilmente
impedir o seu avanço.
Ele reagirá, naturalmente,
com a intempestuosidade
que lhe é peculiar.
O seu sucesso fulgurará sempre
em alto e inabalável pedestal.
Para quem é idealista
não existe obstáculo,
suplanta todas as dificuldades,
e as trevas transforma
em luzes de otimismo.
Diante da humanidade,
inegavelmente,
se torna eterno vencedor
e para ele convergem
apoteóticos aplausos
e imperecíveis louvores!
O doutor WANDERLEI JOSÉ DOS REIS,
causídico de renome
e Meritíssimo Juiz,
é o protótipo
do homem idealista.
Ele é caracterizado
pelo binômio:
idealismo-obstinação.
Tinha um objetivo em mente
e porfiou para consegui-lo.
Através dele
podemos constatar
a concretização
de sacrossanto ideal.
Sua posse nesta Academia
para ocupar a Cadeira nº 5
é marco
que assinala um feito extraordinário
que deve permanecer
na galeria das dignificantes
realizações
no universo cultural
deste glorioso Estado.
Parabéns ao novel Acadêmico!
Acadêmico Tertuliano Amarilha
Cadeira 23