A  solenidade de entrega da Medalha e Diploma  do Centenário da Academia Mato-Grossense de Letras, ocorrida na noite de 30 de setembro, no salão nobrecida Casa Barào foi muito concorrida, com grande participação de autoridades e da sociedade. Até dezembro a instituição entregará suas honrarias.


O primeiro a receber o mérito, pelas mãos da presidente Sueli Batista, foi o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele enfatizou na oportunidade a prioridade com as crianças e destacou que o próximo ano será dos profissionais da Educação.
A outorga também foi dada ao Ministério da Educação. 

Da classe política foram destacados no discurso da presidente, o senador Wellington Fagundes, e os deputados estaduais Allan Kardec e Janaína Riva por suas contribuições para a AML. O deputado Dr. João e o governador Mauro Mendes, mesmo ausentes foram citados no discurso da presidente pelo trabalho em prol da Cultura, e receberão a medalha em novembro juntamente com o secretário Alberto Carvalho, o  Beto Dois a Um, que tinha evento próprio da SecelMT, no mesmo dia e hora. O prefeito de Cuiabá , Emanuel Pinheiro foi representado pelo secretário Francisco Vuolo. Kallil Baracat, prefeito de Várzea Grande integrou a comitiva do ministro e recebeu sua distinção. 


As  primeiras damas do Estado, Virginia Mendes e de Cuiabá, Márcia Pinheiro não  puderam comparecer, as medalhas foram entregues na tarde do dia1ª de outubro.

Os amigos e amigas da Academia foram reconhecidos. São empresas, instituições e pessoas que contribuem para a Casa Barão estar radiante: Mariza Bazo e Zilda Zompero, Top Service, representada por Thiago Pedroso, Eletro Fios, Marcos Estofados, representada pelo casal Neide Alves e Marcos de Paula , BPW Cuiabá,  ESI- Exata Soluções Integradas, que foi representada pela diretora, Fernanda Maximiano, Veralice Valéria, Diana Tereza Torres Esgaib, Que reside em São Paulo e representada por seu filho: Francisco Eduardo Torres Esgaib; Rita Generosa Müller Pereira da Silva, representada por sua filha: Othilia Alzita Pereira da Silva Molina..

Outras  personalidades dos segmentos literário, artístico, historico, educacional, empresarial, político, comunicação e Direito, na cerimônia de homenagens: a secretaria de Cultura de Cuiabá, Carlina Jacob, o secretário de Educação, Allan Porto, a poetisa Divanilze Carbonieri, o jovem escritor Érico Debesaits Metzner, o escritor; Marcos Coiatelli, diretor internacional da Academia de Letras de Brasília; o maestro Fabrício Carvalho, a cantora Deize Águena, o incentivador cultural e historiador, Clovis de Matos (Papai  Noel  Pantaneiro), os comunicadores Vital Siqueira e Sávio Pereira e Maria Tereza Carracedo, leia-se Entrelinhas Editora; a UFMT e o reitor, Evandro Aparecido Soares da Silva,  a Unemat (Rodrigo Bruno Zanin), Univag (Drauzio Antônio Medeiros)  e o IFMT (Júlio César dos Santos); Natasha Slhessarenko conselheira do CFM; o ex-presidente da Academia Mato-grossense de Direito, Marcelo Antônio Theodoro, Felipe Rodolfo de Carvalho, advogado professor universitário, o advogado Marcelo Ângelo  de Macedo e Roberto de Barros Freire, advogado e professor; o presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Juca do Guaraná; o presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, Flávio Tardim. Toda bancada Acadêmica recebeu o mérito.

Os que abraçaram o projeto 
O projeto do centenário, com atividades que ocorrerão até dezembro, já foi  abraçado por empresas e instituições que reconhecem o valor da Academia Mato-Grossense de Letras.

A jornalista e empreendedora Mariza Bazo, diretora do nosso portal RCQ foi a responsável  por várias interlocucões que resultaram em trazer para a AML recursos financeiros para a realização do evento até dezembro: Grupo TrescincoConselho Regional de Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso - Core MT , Sistema OCB MT - Organização das Cooperativas do Brasil em Mato Grosso (Sicredi, Sicoob Federação das Unimed's de Mato Grosso, Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá - ACC, Federação das Associações  Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso - Facmat, Ela compareceu e teve a presença da sua mãe Luiza Pozati Bazo.

Zilda Zompero, amiga da Academia além de patrocinar várias ações que beneficiaram a Casa Barão como um todo, através da  Eletro Fios. Ela também  fez interlocução com a  AVANT Iluminação e a ESI Exata Soluções Integradas. Com isso a casa ficou mais iluminada e passará a ter mais  segurança também.

O evento foi transmitido pelas redes sociais da AML, Instagram e YouTube.

Acesse aqui a galeria de fotos do evento

Sueli Batista foi reeleita na presidência da Academia Mato-Grossense de Letras, Gestão 2021-2023, com a chapa única, “Harmonia no Centenário“. A posse da nova mesa diretora ocorrerá na primeira quinzena de outubro.

São também membros:
1º Vice-presidente: Aclyse Mattos
2º Vice-presidente: Fernando Tadeu
1ª Secretária:Neila Barreto Barreto
2º Secretário: João Batista de Almeida
1º Tesoureiro: Jose C Carrara
2ª Tesoureira:Marta Cocco
Amini Haddad Campos
Nilza Queiroz Freire
Ubiratã Nascentes Alves
Conselho Editorial
Elizabeth Madureira Siqueira
Ivens Cuiabano Scaff
Lindinalva Rodrigues

A Comissão Eleitoral foi presidida pelo acadêmico Joao Batista Almeida, secretariaram o escrutínio, os acadêmicos José Cidalino Carrara e Ernany Calhao.

Segunda, 20 Setembro 2021 20:18

Marli Walker é empossada na Cadeira 2

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Ela se define como “uma mulher do oeste. talhada para a luta”. Reconhece pertencer ao Mato Grosso, até mesmo como expressão do puro sentimento de gratidão, por tudo o que é, e pelo que se tornou. Estas foram as palavras da presidente da Academia Mato-Grossense de Letras-AML, Sueli Batista ao dar posso para a novel acadêmica, Marli Terezinha Walker, que passou a ocupar a Cadeira 2 da instituição, na noite de 14 de setembro, em solenidade oficial na Casa Barão. A acadêmica Marta Helena Cocco fez o discurso de recepção. A Cadeira 2 tem como patrono Joaquim da Costa Siqueira e já foram ocupadas por Gervásio Leite, Satyro Benedicto de Oliveira e Marília Beatriz de Figueiredo Leite.

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O secretário de Cultura, Esportes e Lazer do Estado de Mato Grosso, Alberto Machado e a secretária de Cultura do Município de Cuiabá, Carlina Jacob; ocuparam a mesa de honra, juntamente com Moema de Figueiredo Leite e Juliana Isabel Walker, respectiva irmãs da última ocupante e da empossada.

Sueli destacou que Marli “ a novel acadêmica que adentra este sodalício, no mês do centenário da Academia Mato-Grossense de Letras. Não esconde a sua pretensão de marcar o seu território, trazendo junto a literatura que é sua vida e o feminismo, que considera uma filosofia a pautar suas ações. Traz também o diálogo construtivo da poeta, da escritora, da professora, da pesquisadora e, a voz da floresta que tanto ela ouviu e sentiu a respiração”.

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Marta Cocco também mencionou o centenário da AML e disse que “pela primeira vez, uma voz lírica que ecoa desde o Norte de Mato Grosso. Uma voz que brota nas entranhas do sertão e floresce Brasil afora num ritmo pulsante, afetivo, firme e essencialmente feminino. Estas paredes que acolhem a nova acadêmica emolduram retratos de patronos homens, apenas; as quarenta cadeiras que se completam por ora, ainda denotam desproporção de gênero”, frisou. Destacou também que perdurou por milhares de anos, a ancestralidade enraizada nas quarenta e quatro etnias indígenas que sobrevivem em Mato Grosso e que ainda não entraram na Academia. “Mas hoje, a despeito de lacunas e desproporções, celebramos um acréscimo.Quem assina a voz lírica que toma assento na cadeira número 02, nesta noite, é Marli Terezinha Walker”, salientou.


A empossada, por sua vez destacou que ela não estava chegando só. “Venho do extremo oeste catarinense, depois de haver percorrido a longa travessia que foi a Marcha para o Oeste, rumo ao nortão amazônico de Mato Grosso. Venho trazendo comigo os caminhos sem fim do sertão brasileiro, as canções e instrumentos populares, a poesia e as trovas simples do povo, mas trago, sobretudo, a perspectiva feminina sobre o que somos, projetando expectativas para um futuro que possa tornar nossa sociedade e nossa Arte menos exclusionárias e mais democráticas”.

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Marli disse que assim como Marília, ela era partidária da ideia de que “nossa existência só fará sentido quando alcançarmos o outro, quando fizer também sentido para o outro. Para isso, o acesso aos bens simbólicos e culturais deve ser assegurado aos que estão à margem dos grupos detentores do capital intelectual”. Disse ainda ser por meio deste filtro que ela olha para o futuro. “Quando uma menina olhar para mim, assim como eu um dia olhei para as acadêmicas desta Casa, e assim como eu, ela pensar: eu posso estar também neste lugar. Quando o pensamento decolonial deixar de ser uma filosofia para se tornar uma prática, quando a pluralidade de vozes e estilos for a tônica do convívio social, poderemos vislumbrar uma sociedade mais justa e inclusiva”, vaticinou.


Participaram também dos momentos oficiais e de reconhecimentos durante a cerimônia: Olga Castrillon Mendes, Lindinalva Rodrigues, Elizabeth Madureira, Lucinda Persona, Nilza Queiroz Freire, Cristina Campos, Aclyse de Mattos, Sebastião Carlos Gomes de Carvalho e Eduardo Mahon, sendo ele o acadêmico que colocou a pelerini na empossada.

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Após a cerimônia os convidados foram recebidos com coquetel no salão social, pois não faltou nem a chuva para abençoar uma noite de muita luz e integração. A parte musical do evento foi executada por Ceci Dossa, que cantou “MAR”, no salão nobre, composição escrita por Marília Beatriz. No salão social apresentaram-se violeiras e violeiros do Pantanal, participaram: Débora Ormond, Helenir Resende, Lívia Comar, Paulo Henrique, Paulo Lima, Geraldo Carneiro, Ronaldo Branco e Ivo Antonio.

Em solenidades especiais e datas comemorativas a Academia Mato-Grossense de Letras mudará de cor através da iluminação. Na inauguração que ocorrerá às 18 horas, as luzes da fachada estarão verdes, alusivo a data da Independência do Brasil, e na noite de 14 de setembro, quando tomará posse na Cadeira 2, a  escritora Marli Walker, já terá outra cor, que remete ao feminino. A última ocupante foi Marília Beatriz de FigueiredoSueli Batista, presidente da AML disse que acomemoração do centenário da instituição foi aberta em maio, com o Sarau Literomusical, que contou com recursos da Lei Aldir Blanc estadual, via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer. Desde então tem ocorrido eventos todos os meses na Casa Barão, que seguem até dezembro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na programação oficial terão ainda: entrega de medalhas acompanhadas de diplomas do centenário, lançamento da cápsula do tempo, que será aberta em 2121; livro memória, com todos patronos, ocupantes das 40 cadeiras,ao longo de 100 anos, e seus respectivos presidentes; a outorga da Comenda José Barnabé de Mesquita , homenagem ao primeiro presidente. O encerramento será com a Cantata de Natal, com artistas se apresentando nas janelas da Casa Barão.

A presidente disse que está buscando parceiros junto às entidades e empresas públicas e privadas para deixar a Casa Barão a altura do centenário de uma das mais antigas instituições culturais de Mato Grosso, visando também reestruturá-la, para receber o público,  sendo que o espaço também abriga o Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Mato Grosso, que tem 103 anos.

Foram as empresas Eletro Fios, de Cuiabá e a AVANT, de São Paulo que possibilitaram, como patrocinadores, toda mão de obra e produtos de iluminação que atenderam as necessidades das áreas de fachada, salões nobre e social e o pátio. A empreendedora Zilda Zompero que fez a intermediação.


Diversos lustres estarão sendo instalados, sendo da parceria empresarial, e também antigos, doados pela senhora  Diana Esgaib, de família cuiabana e residente em São Paulo. Ela também doou dois móveis antigos para compor o acervo da Casa Barão.

 

História

A AML é herdeira direta do Centro Matogrossense de Letras, oficialmente instalado no dia 7 de setembro de 1921. Foram 12 os fundadores, que segundo a história eram intelectuais e políticos dos mais ilustres e importantes em Mato Grosso no início do século XX. Foram eles: Carlos Gomes Borralho, Cesário da Silva Pradol, Estevão de Mendonça, Francisco de Aquino Corrêa [bispo e ex Presidente do Estado], Franklin Cassiano da Silva, João Barbosa de Faria, João Cunha, José Barnabé de Mesquita [presidente do Tribunal de Justiça], Lamartine Ferreira Mendes, Miguel Carmo de Oliveira Mello, Philogônio de Paula Corrêa e Virgilio Corrêa Filho.

No ano de 1932, numa sessão realizada no dia 15 de agosto, foi aprovada a transformação do Centro Matogrossense de Letras em Academia Matogrossense de Letras, sendo instalada solenemente no dia 7 do mês seguinte. O número de 40 Cadeiras foi instituído para se adequar a Academia Brasileira de Letras, fundada em 1896. Cada uma das Cadeiras tem um Patrono, que foi escolhido  pelos fundadores e pelos acadêmicos, sucessivamente.

Ao longo de 100 anos a instituição teve 15 acadêmicos eleitos como presidentes, alguns por mais de uma gestão, José Barnabé de Mesquita, Antonio de Arruda, Vanir Delfino César, Antônio Cesário de Figueiredo, Gervásio Leite, Lenine de Campos Póvoas, Clóvis de Mello, João Novis Gomes Monteiro, Ubiratã Nascente Alves , Satyro Benedicto de Oliveira [Vice Presidente no exercício daPresidência,  Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, Nilza Queiroz Freire, Eduardo Leite Mahon, Marília Beatriz de Figueiredo Leite e Sueli Batista dos Santos, atual. 

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